Baile de Ramada
Quatro esteios para as "toscas" mata olhos
De chão batido que nem eira pra feijão
São imagens criativas dos campairos
Que deram origem ao nosso carramanchão
O Marcolino pucha o zaino frente aberta
Atira as garras e se bandeia pro outro lado
De rancho em rancho convidando a gauchada
Para o fandando com gaiteiro afamado
Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada
A lua cheia vem chegando sem convite
E as estrelas se apresentam temporonas
O João quati da uma "sova" na pandeiro
E a rapaziada vai se enchando as queredonas
Uma vanera penetra fundo na alma
E a gauchada se enleia de paixão
O mestre sala anuncia o fim do baile
Se vai a noite com ela uma ilusão
Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada
Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada