Poetas Mortos
Escrevi seu nome num pedaço de papel
E com ele fiz um lindo poema irreal
E tudo ficou estranho à partir desse dia
Tudo tão complicado que eu nem conseguia
Ver o que no fim do dia iria acontecer
Aos meus sentimentos nunca fui tão infiel
E continuo lendo a história do caso morel
É estranho e incrível ao mesmo tempo
Ver que os nossos sonhos se fundem com o vento
Complicado é o desejo que corrompe meu pensamento
O mendo desigual que eu vejo é real
E o meu sentimento é tão banal
Tudo o que eu digo é sem sentido
Eu preciso lembrar disso o tempo todo
Para poder encontrar um motivo pro que eu digo
Eu vivo com medo de te encontrar
Nem lhe conheço e nem sei o que eu vou falar
Quando nos conhecermos vou lhe mostrar
Tudo o que eu sei e não quis revelar
Quando eu te ter vou aprender a amar
O mundo é tão triste e eu não tenho tempo
Para seguir os concelhos que eu mesmo invento
Vivo inventando desculpas para o que eu vejo
E é um segredo que eu tento encobrir
E é um mistério que eu tento desvendar
Qual é o mistério da vida
Já que tudo tem uma estranha harmonia
E tudo são rumores nesse dia
Preciso que alguém sente e me ouça
Para que eu possa revelar a minha vida
Sou um poeta e estou morrendo
Há algo de que me arrependo
De ter mentido pra mim mesmo
Pensei em você só por um momento
E agora sei porque estou sofrendo
Será que você nunca vai perceber
Tudo o que eu demorei a entender
O mundo não é tranquilo como vemos
Há um nevoeiro cobrindo as montanhas
Hoje eu sei o que eu vi e onde eu errei
Hoje será o primeiro dia do resto de nossas vidas
Acorde agora e reflita sobre esse dia
E você terá então uma grande surpresa
Pare e sinta o aroma da maçã
E prove então do fruto escondido
Há um segredo que eu desejo lhe contar
É algo que nem ao menos eu sei explicar
Na verdade é complicado demais pra falar
Quero habitar seu coração e revelar
O mundo que você não quer enxergar
Sou um poeta em busca de um lar
Não sei se você vai poder me dar
Mas eu espero o dia amanhecer
Para que eu possa então entender
Porque insisto tanto em te querer
Estou envelhecendo dez anos em um dia
E conto as horas pra ver o que me resta
Preciso lhe encontrar depressa
Para me livrar da depressão que me leva
Embora desse mundo cheio de incertezas
Estou triste e tão desconsolado
Filósofos suicidas me fazem compania
Enquanto escrevo esse poema
Sinto que o meu espírito voa longe
E eles me dão asas para voar
Por isso siga em frente
Busque a sua própria verdade
Agora não há tempo para a vaidade
Eu quero ter a minha liberdade
E quero ver o que você é
Hoje temos muito para aprender
E temos muito ainda por fazer
O que eu escrevo eu não sei dizer
Frente a frente é dificil explicar
Essas coisas que ninguém gosta de falar
DE falar de bondade e gratidão
E o amor que nos move pra longe
Vou tomar coragem e pegar em sua mão
E de mãos dadas eu vou dizer o que eu penso
Você não vai prestar muita atenção
Mas farei o que eu quiser então
Lhe abraçar fortemente e beijar todo o seu corpo
E um dos poetas mortos eu já não serei