Bahia (Cumuru)
Hoje escutei a voz do tempo
Meu filho não vá cochilar
Jogo água na cara e o vento
Traz o silêncio do mar
Nos olhos baianos eu vejo,
esculpido de barro o suor
E em cada colar o sentido,
de um povo feliz pataxó
Sujo os pés de terra e as mãos de amor
Deixo a correnteza me levar
Limpo as mãos de terra e o céu de cor
Sou um grão de areia em alto mar
Abri minha vida no sol de seu peito,
brincando de ser o mar (olhe lá)
Deitado na rede o conforto do ventre de Iemanjá (mergulhar)
Bahia sua terra me acalma seu vento me faz chorar (pra limpar)
Cumuruxatiba, a mãe do Brasil é indigena
No vazio do meu ser,
sinto amor vibrar de mim,
No encanto de te ver,
livre pra viver assim
Sujo os pés de terra e as mãos de amor
Deixo a correnteza me levar
Limpo as mãos de terra e o céu de cor
Sou um grão de areia em alto mar
Sou um grão de areia em alto mar