Indulto
Adelino Moreira
Para quem vive amargurado
E a solidão persiste em tornar
Qualquer amigo
É grande amigo
Qualquer taberna
Qualquer taberna é um lar
Qualquer bebida serve para esquecer
Um amor infeliz
Que se foi, que se foi no alvorecer
É nau sem rumo
No mar da vida
Num oceano
Num oceano de bebida
Assim sou eu
Na minha dor imensa
Esperançoso
Na minha doida crença
Que ela um dia
Vendo a minha dor
Traga o indulto
Para o meu erro de amor