Rastro

O vento que soprou me acordou de madrugada
A chuva caia devagar e o mar saculejava
Cheio de netuno derramado pela sala
Misturando com as flores do mato
O macarrão e a catuaba

Andei pela areia
Ficou cheia de pecadas
E adeus a madrugada
Pois o dia clareava

Deixo o rastro por onde passo
Trago comigo as boas lembranças
Daquela cidade, daquelas crianças
Do banho na cacimba, do gosto de pitanga

A bahia eu dia ainda vou pra lá
A mulher, sem coceira de bicho de pé

O carcará voou pra roça
Tem calango na taboca
Não é bom cruzar o rio
Na canoa de biriba
Aprendi com os pataxos
A respeitar a natureza
A unica maneira é respeitar
Quem te respeita

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