Da vertigem sou mendigo
Carrego até ao fundo o acelerador
Fazendo as rodas derrapar na calçada
Sinto o turbo a disparar dentro do motor
E os olhares da turba que passa apressada
A potência
A presteza
Rimam comigo de mão dada com o perigo
Da vertigem sou mendigo
Só estou bem no limiar do jazigo
Levanto o pó a estrada de macadame
Rugindo assobiado como fera desvairada
Corto as curvas feito equilibrista no arame
E sorrio ao precipício que me dobra a parada
A potência
A presteza
Rimam comigo de mão dada com o perigo
Da vertigem sou mendigo
Só estou bem no limiar do jazigo
A potência
A presteza
Rimam comigo de mão dada com o perigo
Da vertigem sou mendigo
Procuro a sombra da morte em cada segundo que passa
Sentir o bafo da sorte sempre que a morte me ameaça