Onça-Çá
O homem quis levar
Um raio do meu sol
Na pequenez
De um cesto então
O cesto a mão queimou
E o fogo se espalhou
Um clarão
Pela mata tá
O homem viu em mim
Espírito ruim
Mas eu já sou
Uma onÇa-Çá
Que vai beber no fim
Um sangue de cauim
Porco-espim
Mãe da caça vem
Vem
Vou mostrar
Cabeça dói
Vou mostrar
Cavei no chão
Vê se fiz
Um gavião
Vê se fiz
O gavião-zão
A serra desandou
O homem se ralou
Só pra comer
Diamante ê
A capivara ouviu
Chio do pau-brasil
Quer dizer
Motoserra rá
Tempo do meu avô
Soprar macaco eu vou
Pra disfarçar
Eu sou onÇa-Çá
Troquei de roupa só
Pra te enxergar melhor
E palitar
O meu dente ê
Ahtïa, Isaména ahtïa, waykína su'tï sanhatïa. Ãaaaaa…
Isaména ahtïa a'tô bahsapena waykína su'tï sanhatïa. Mariné nhanowenane mãry we'koapeokanasã.
Mâ'rinï atïdïtakanã. Ah'tïdita Mâ'rimëna Kâ'tï. Mâ'rimarikâmã nípertïsé bú'tïarosá.