Do Cerne da Terra

Matei a sede nas vertentes das canhadas
Que brotam frias das raizes do capim
Forjando a templa que carrego feito marca
Dos que cruzaram por aqui antes de mim
Se sou herdeiro deste chão que nos abriga
Esta canção quero cantar pra ti
Agradecer a sombra amiga deste mato
E a cada amigo que eu plantei aqui

O mesmo rio que divide mata sedes
A mesma terra dividida mata fome
Porque razão plantar fronteiras e tapumes
Se os corações são iguais em cada homem

O mesmo rio que divide mata sedes
A mesma terra dividida mata fome
Porque razão plantar fronteiras e tapumes
Se os corações são iguais em cada homem

Que se acendam nesta noite as labaredas
Que nos aqueça o angico e o tarumã
Da mesma terra brota
Em outros com mais viço
Para que sejam os pescadores do amanhã

O mesmo rio que divide mata sedes
A mesma terra dividida mata fome
Porque razão plantar fronteiras e tapumes
Se os corações são iguais em cada homem

O mesmo rio que divide mata sedes
A mesma terra dividida mata fome
Porque razão plantar fronteiras e tapumes
Se os corações são iguais em cada homem

Que se acendam nesta noite as labaredas
Que nos aqueça o angico e o tarumã
Da mesma terra brota
Em outros com mais viço
Para que sejam os pescadores do amanhã

Da mesma terra brota
Em outros com mais viço
Para que sejam os pescadores do amanhã

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