Alvorada
E quando nada importa
Por muito reta a estrada
A porta escancarada
Mas a vontade morta
E a pressa de chegar
E a pressa de chegar ao fim
E quando for tudo ou nada
Lá onde a estrada curva
Se é turva a madrugada
E já não há mais desculpas
É tempo de esperar
É tempo de esperar
A luz da manhã não espera
E a linha do horizonte
É para lá do que pode o olhar
A manhã não espera
E a luz da madrugada
É para já
Tudo o que pode o olhar
E quando tudo o que importa
Está para lá da estrada
É quando não há nada mais
Do que esta alvorada
É a hora de cair
É a hora de cair em mim
E quando a luz resiste
E leva a madrugada
A primavera insiste
E vem em menos de nada
É tempo de avançar
É tempo de avançar
A luz da manhã não espera
E a linha do horizonte
É para lá do que pode o olhar
A manhã não espera
E a luz desta alvorada
É muito mais
Do que pode o olhar