O Circo
Um certo dia a cidade amanheceu empacotada
Cartazes por todo lado, o circo está armado
Inúmeros bichos numerados
Comprem suas entradas que o show vai começar
Respeitável público, o sorriso na boca do palhaço
Onde o tempo que passa é atraso
A miséria enche o prato, escambo barato
O povo descalço com votos sapatos
E de quatro em quatro anos
O mesmo espetáculo
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa
Cadeiras compradas ingressos na mão
O sorriso na boca do palhaço
É o sorriso na boca do leão
Não bota a mão, não, que morde
E o povo de olhos vendados no globo da morte
O código de barra e cara lavada
Pintada com faces multicoloridas
O rufado da caixa anuncia a nova acrobacia
E revela o momento que a corda bamba rompia
Mas tudo é combinado, faz parte do espetáculo
Truque ilusionista
Abracadabra e você no meio do picadeiro
Servindo de isca
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa
Aperta a mão que eu te dou um doce
Aperta a mão que eu te dou um doce
São poses promessas e beijos na testa