Onde Foi Parar Aquele Garoto Que Queria Ser Um Rockstar
Minha doença começou aos doze anos de idade
Ouvindo Flavio Basso e Sabotage
Ainda sem saber o que o mundo me oferecia
Escrevia pra me libertar de tudo que me prendia
E aprendia a expor o que eu sentia
De forma imatura mas sincera, quem diria
Que um dia nasceria naquele garoto
Uma necessidade contra a sua vaidade
Madrugada, café, caderno e algumas palavras se desenhando em forma de canção
Rock, rap, samba, funk, reggae, jazz, hc, soul, punk
E como um vicio, não sei se e bom, so sei que gosto
Na br a mais de cem, escutando Jorge Ben, um gol aos quarenta e seis, estar com quem eu conquistei
Sensações que vão bem mais além do que os seus olhos castanhos podem enxergar
A música me salva, o hip hop me ensina, o punk foi a minha escola, com o rap canto minha vida
Vejo sonhos tão grandes em cidades tão pequenas
Curioso por natureza, sexta-feira um role na vida, Na minha memória fica
Quando criança no supermercado não queria brinquedo e sim os toca fita
Tudo me inspira, da calmaria a adrenalina
Hiperativo, muita luz e amor pros meus filhos
Saudade grita, um brinde aos que se foram com um sonho na mira pronto pra virar o jogo
O álcool que destroi o homem tipo arma letal
Alegria momentânea que não mostra o que e real
Hoje aprecio as coisas simples como brincar com o cachorro no patio
Estar com quem me traz paz, deitado na grama, barulho dos passaros, e
Brasileiro, gaucho de Sapuucaia do Sul
Salve, salve especialmente camboim, pasqualini, paraíso, vargas, nova sapucaia
Lugares que abriguei meu corpo, abasteci minha alma
O subconsciente volta e meia me questiona
Onde e que foi parar aquele garoto que queria ser um rockstar