Poesia de Rua (Medley)
Maloqueiro nato, problemático
Revolucionário e poético
Mundo onde as nota de cem vale mais que a própria personalidade
Eles compra o que nós tem mas não compra a nossa originalidade
Judas encontrei uns 30 em meio à avenida sombria e escura
Vivo para ser letrista e foda-se que a porra da vida é dura
Nós não se adequa à moda, porque tudo que é moda, passa
Nascido, crescido, maloca, distinto, moleque chave de quebrada
É isso memo, dialeto supremo
Pros moda nós ensina como é que faz
Nunca tomou sereno e vem desmerecendo
Aqui não, rapaz!
Te avisei, é só bigode grosso!
No bonde do moço os cara tá boneco
Boy porra nenhuma, é só periculoso
Ó os cadelo passando, as mina tem um treco
Quando nós chegou, a festa começou
É sempre assim, nego, bonde dos
Agora tu pergunta pra elas
Elas te responde em uma só voz
Quer os calça justa ou os moleque chave?
Elas vão gritar que é nós
E quando nós chegou, a festa começou
É sempre assim, nego, bonde dos esteliona
Agora tu pergunta pra elas
Elas te responde em uma só voz
Quer os calça justa ou os moleque chave?
De aeronave chamada rolls-royce
Pelo que meus antepassados me ensinaram
A vida é uma caixa de surpresa
Hoje tu tá na grandeza, amanhã pode estar na tristeza
É assim, meu bom! Num estalar de dedos, tudo muda
Só não troque o amor pelo som pela paixão de uma puta
Se a cada invejoso que fala mal da minha vida eu ganhasse um real
Eu seria o cara mais rico do mundo, só por ser original
E nós sai no zerar do ponteiro
Vai partindo sempre à luz da lua
Vivendo pra fugir do roteiro
Somos nós os artistas da rua
Rima que causou desespero
Nos comédia que canta igual
Se é puta, nós arranca o cabelo
Safado toma de parafal
A mesa vai forrando, as mina se jogando
Tamo só de cantoneira
O topo do mundo, esse é meu plano
E é sempre Deus que semeia
Colheita de vagabundo
É um prato de arroz com feijão
É claro que também tem luxo
Dinheiro, mulher, os quilates na mansão
Mas nada me compra
Eu tô nessa porra pelo o que corre na veia
As ideia consta de ponta à ponta
Fome aqui é cara feia
A vida é tipo um boomerang
É sempre um vai e vem constante
Avante, o levante é agora
Sem perda de tempo, vamo pro arranque!
Avante, o levante é agora
Sem perda de tempo, dj wn
E vamo que vamo, que vamo, que vamo
Vitória na guerra
Rumo ao topo no jogo de perde ou ganha
De novo invadindo o mundo dos bacana
Espero eu
Viver só de juros, nadar no dinheiro
Tipo piscina do tio patinhas, mas enchi de cîroc primeiro
Tipo piscina do tio patinhas, mas enchi
Vitória na guerra
Rumo ao topo no jogo de perde ou ganha
De novo invadindo o mundo dos bacana
Espero eu
Viver só de juros, nadar no dinheiro
Tipo piscina do tio patinhas, mas enchi de cîroc primeiro
Fatos fictícios
Aí, pra todos menor, tá ligado?
Lembra do seu pai? Da sua mãe?
Abraça as ideia, acata a visão
Antes de tomar qualquer atitude precipitada na rua
Menor no rolê de falquera, descendo a ladeira
Cortando os busão
Mó novão, já levanta a bandeira pra quebrada inteira
Vulgo de ladrão
Num futuro próximo sabia
Na periferia era envolvidão
Sua mãe já logo lhe dizia
Filho, essa vida não é pra tu não
Mas nem queria saber
E já caía pra pista
Sem se arrepender
Quem não arrisca, não petisca
Mó novão, já na hierarquia
Como ele queria, bandido formado
Mas o que vale mais nessa vida
É tá com a sua mãezinha do lado
Amores e valores
Tudo devido à porra do dinheiro
Um guerreiro da noite
Um dia passaria desespero
Boladão pra encostar na cena
Uma loja de frente com a avenida
Se pegasse, era papo de estouro
Rolex de ouro em alta quantia
Entrou todo encapuzado
De mini-uzi rendeu o gerente
Os comparsa encarregado
De pegar tudo que ver pela frente
Mal sabia que na outra esquina
Tinha dois polícia civil disfarçado
Acionaram o reforço, fodeu!
Depois de uns anos, voltei mais bolado
E liberdade cantou, cantou, cantou
Jesus me abençoou
Fica a dica pros língua comprida
Que malandragem não se identifica
E liberdade cantou, cantou, cantou
É contra todos opressor
Fica a dica pros moleque zica
Que malandragem
Vou te dar-lhe um papo reto
A verdade é nua e crua
Ruzika puxando o bonde
Só poesia de rua
Wn tá no beat
Separa os kit bolado
Que nós tá cantando aqui
E fumando um baseado
Sem pressa eu vou adiante
O importante é chegar
Em busca de mil diamantes
Então deixa a voz ecoar
Aceita a rima rara
Humildade, leal, transparência
Depois que eu mando a levada
O compasso vem vindo na pura cadência
No pique do beat eu vou
No flow que te contagia
Pergunta da onde eu sou
Submundo da pura magia
Na sua mente dá nó
Diga não ao pó
Quantos guerreiro já foi pelo lança
Se é droga, já tá no b.o
Fecha a panela que eu abro mentes
O recalque é normal
Nós é favela
E o consciente aqui é bem mais radical
Bandido que rouba bandido
Não merece nem tá envolvido
Amigo que se diz amigo
Só quer sorrir com seu sorriso
Em um beco sem saída
Só Deus poderá me salvar
Na erguida ou na recaída
Nós é vaso ruim de se quebrar
Proverá, viver e verá
Diário de um viciado que só quer parar de usar
Em um beco sem saída
Só Deus poderá me salvar
Na erguida ou na recaída
Nós é vaso ruim de se quebrar
Proverá, viver e verá
Diário de um presidiário que vai se libertar
Minha rima flui mais rápido que tsunami
Na velocidade da luz
Vi quantos falsário falar que tem fé
Depois cuspir na cruz
Vi quantos safado dar pé
E pra esses o pano é capuz
O pano é capuz
Fumaça rola
Por mais que uns queira o contrário, o nosso funk decola
Por mais que tenha adversário, original, diga não à moda
Nós somos herdários de um tempo que era só rima de escola
Ganhava a mais foda, a mais foda
Hoje é xeque-mate
O flow de combate climatizando o ambiente
Nós passa de nave, só atraindo as mais calientes
Não que isso seja um orgulho, isso é consequente
Malandro, use a mente
Só joga pro ar
Respeita os morador e toda criançada
Chegando, é nós, pra sumariar qualquer parada
Vivendo e aprendendo, são mili dias de quebrada
Mili dias de quebrada
O vangloriar do poeta
Vou conquistando coração e tocando com canções
Deixo aqui minhas inspirações
É felipe boladão, chorão e suas reflexões
O vangloriar do poeta
Vou conquistando coração e tocando com canções
Deixo aqui minhas inspirações
É felipe boladão, chorão e suas reflexões