Contrato Social Pt. 1
O sonho tá 'moiado' as esperança foi pro ralo
O céu não tá fechado mas os boy tão dando raio
Meu rap é tempo, sem dinheiro nisso eu ralo
Tão fora da lei se os gambé ver vão surra-lo
Tudo que cê imagina por aqui se cria
Menos alegria, essa gente fria me dá alergia
O mal é igual coelho em excesso se procria
Quando alguém caía, eu sei que você ria
É tanto ódio que acordo injuriado
Tomo uns remédio mas quem cura patrão enjoado
Vou pro trabalho com o pretexto já ensaiado
Fazer o que não gosta mano isso é bem 'zuado'
Pobre engole sapo, os rico engole a gente
Pelo progresso nosso estado é coagente
Na sociedade insucesso vira reagente
Não estudou até a faculdade, agora aguente
Dentro do ônibus a agonia não é passageira
Operário é levado igual resto de feira
O itinerário é se foder de segunda a segunda-feira
Você é o bife a empresa a frigideira
Me sinto máquina na fábrica de ilusão
A engrenagem enferrujada deixada no chão
Não são não, não tem ninguém são
É tudo efeito dos narcótico e dessa repressão
Foda-se o prefeito, eu não sou perfeito
Mas pra efeito tô me fudendo pra esses fazendeiro
Cuidar do mundo esse sempre foi o meu defeito
Enquanto o deles é cuidar do meu dinheiro
Como vou sonhar se eles me tirar o sono?
Se o rap é game do videogame os boy são dono
As letra no abandono, eles não cuidam dos nossos
Sou o cara que se errar fudeu, não tem Habeas Corpus
É venenosa como serpente
Quer te usar como servente
Te dissolve como solvente
Cê já era não tem semente
É venenosa como solvente
Quer te usar como semente
Te dissolve como serpente
Cê já era não tem servente
Leviatã é um monstro e vai te 'contactar'
Liguei no atendimento mas o Procon tá que tá
Leia Thomas Hobbes pra eles não te roubar
Nem assinem o contrato se não vão te contratar
Isso num é ataque, mas eu tô bem atacado
Não quero ser o Froid pra ser analisado
Mas a indústria é um homem de cabelo alisado
Odeia o rap, odeia os preto, quer nos ver banalizados