Idade da Prata
Eram umas 4 da madruga, eu ouvi 3 tiros
2 malucos dando fuga em 1 celtinha, fei, ‘sumiro’
Cada um tá no seu corre, então me viro
Do jeito que eu posso até o meu último suspiro
O que eu não quero é dar vacilo, tenho que olhar pelo meu filho e a minha esposa
Já que em casa eu faço o rango e eu lavo a louça
Vai respeitar as moça depois fala comigo
Lembro do dia no bar que você deu pala comigo
Só falava da lipo
Da mina que você tava vendo escondido
Tô nem aí pra esses assunto, tio, num tem nenhum sentido
Ainda bem que a Bruna me ligou, eu pude te dar um perdido
Porque essas ideia é igual meu pai, não cola comigo
Só é macho com seus amigo. Ficam lustrando o umbigo
Falando bosta pra carai, eu vi, são tudo iludido
Uns pobre metido a rico
Já que riqueza não é dinheiro mas sim o que sai da sua boca e vai entrar pelo ouvido
Banhei meu sangue em ouro e dei uma par de roupa aos mendigo
Pagar de nike pra jantar miojo, ô mundo esquisito
Às vezes sou eu que complico, quando no meu canto eu fico
Evito um tanto, levito do manto enquanto reflito, o conflito
[REFRÃO]
Seja bem-vindo essa é a idade da prata
Onde Deus é dinheiro, o solo é infértil e muita gente é ingrata
Seja bem-vindo à idade da prata
Cuidado aí filhão, moscou os cara cata!
Seja bem-vindo essa é a idade da prata
Onde Deus é dinheiro, o solo é infértil e muita gente é ingrata
Seja bem-vindo à idade da prata
Seja bem-vindo à cidade de Tá-Tá!
[2º VERSO]
Inicio o segundo ato, um fato
Os cara que cresceu no mesmo bairro que eu hoje tão tudo contando forte
Portando XJ, aqui ninguém tá na bota
Domingo passado dobrei minha cota
Escrevi dez sons em cima de cinco base, lá vem mais quinze RAP foda
“Qual que é do Palio dando a volta?”
Dois dias atrás o menor foi enquadrado pelos civil no bairro, é melhor ficar ligeiro
Se tiver com os flagrante em cima, entoca
Porque nóis é mó chavão, só fica em roda fumando beck
Escutando RAP, Funk, Trap, Drill
Um salve lá pro Teddy, marvadin vai rodar o Brasil, tio
Quem viu, viu. O Junão dando tapa na cara do nóia que roubou a mina na rua dele
Saudade de trocar ideia com ele, sepá né mano, dá um salve nele
Pra nóis encostar com o Ailton e o Marcido
Sei que agora ele mora no Santa, é perto de casa então tá tranquilo
Bagulho tá loco, imagina no tempo do Baruel
Só os doido de roça andando na terra sem dono, sem lei, ô meu Deus do céu
Isso aqui é uma guerra, mundo cruel
Tô pedindo pra Vida livrar meus amigo da morte e também dos banco dos réu
Pra que os mano possa cumprir seu papel
Quer um exemplo? Olha o corre do Daniel
Que cresceu aqui e saiu daqui. Foi ver coisas no mundo que eu não vi
Não me arrependi mas eu decidi, vou fazer o que eu puder pra vencer aqui
Dar o melhor do melhor pra quem tá aqui
Quero tudo que é meu e não vou mentir
Vou juntar todo ouro que eu consegui
[REFRÃO]
Seja bem-vindo essa é a idade da prata
Onde Deus é dinheiro, o solo é infértil e muita gente é ingrata
Seja bem-vindo à idade da prata
Cuidado aí filhão, moscou os cara cata!
Seja bem-vindo essa é a idade da prata
Onde Deus é dinheiro, o solo é infértil e muita gente é ingrata
Seja bem-vindo à idade da prata
Seja bem-vindo à cidade de Tá-Tá!