Desejos Vãos
Eu queria ser o mar de altivo porte
Que ri e canta a vestidão imensa
Eu queria ser a pedra que não pensa
A pedra do caminho rude e forte
Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte
Mas o mar também chora de tristeza
As árvores também como quem reza
Erguem aos céus, os braços como um crente
E o céu altivo e forte ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia
E as pedras essas, pisas toda a gente
Pisas toda a gente
Mas o mar também chora de tristeza
As árvores também como quem reza
Erguem aos céus, os braços como um crente
E o céu altivo e forte ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia
E as pedras essas, pisas toda a gente
Pisas toda gente