Diálogo
Eu, só de amigo e só de amor
Em meu mundo de ilusão
Faço em versos meu viver
Mas ante o desamor
Me guardo em poesia
Fecho-me em canção
A cantar o medo
Eu prefiro me calar
Meu canto é uma lança
Forjada em som
Meu irmão, trago a voz armada em aço e dor
E ao lutar, se peco é por amor
Molhado em vermelho fiz meu cantar
Eu, viajante do amor
Peço abrigo amigo meu
Destemido cantador
O medo não cala tua voz
Medo sim tem a mão que impede o teu cantar
Não quer amar e dá guarida ao mal
Teus versos, espera quem vai lutar
Meus versos te seguem rubra voz
Em canto de guerra vou te encontrar
Te chamo de amigo ou de irmão
Mais forte que amigo eu te chamo irmão
Meu amigo, meu irmão
Meu abrigo, meu irmão