Funeral da Coxilha

Luiz Marenco / Sergio Carvalho Pereira

Repousa o corpo tranquilo
No funeral da coxilha
Terra bordada em flechilha
É o catre de quem retorna
A tarde em comprida forma
Das guanxumas e alecrins
Não há tristezas nem fins
Na morte que o campo adorna

Não há tristeza no pio
Da perdiz ciscando a vida
Não há fim quando a partida
Vai se tornando chegada
Quem foi de campo e de estrada
Não quer melhor companhia
Que o largo das sesmarias
Ao luxo de uma invernada

Morreu num final de tarde
Entre pasto rebrotado
Quando uma ponta de gado
Buscava a paz de algum capão
A noite acende um clarão
Prendendo velas miúdas
Em dois olhos de coruja
No castiçal de um moirão

E o campo todo recebe
Corpo e alma em funeral
Se tornará cinza e sal
Fundida com terra e água
E o choro da madrugada
Que entre seus pelos entranha
Da brilho a teia da aranha
Na macega, deu pousada

Por isso que minha gente
Jamais enterra um cavalo
O campo sabe cuidá-lo
Quando pra nós tudo encerra
A natureza não erra
Ressuscita na coxilha
Nas flores da maçanilha
Graça e força sobre a terra

Curiosidades sobre la música Funeral da Coxilha del Luiz Marenco

¿Cuándo fue lanzada la canción “Funeral da Coxilha” por Luiz Marenco?
La canción Funeral da Coxilha fue lanzada en 2015, en el álbum “Sul”.
¿Quién compuso la canción “Funeral da Coxilha” de Luiz Marenco?
La canción “Funeral da Coxilha” de Luiz Marenco fue compuesta por Luiz Marenco y Sergio Carvalho Pereira.

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