Charla de Fronteira

(Aqui me planto, a cantar no destino de guitarreiro
Trazendo um canto fronteiro com marcas de laço e casco
Nas rimas, cheiro de pasto, de mangueira e de galpão
Suor que fica em chergão, estendido as varas do brete
Da graxa que se derrete pelas trempes fogoneiras
Nas manhãs desta fronteira, onde o ritual se repete)

Começo então meu relato, sobre o pago e a gauchada
Léguas de campo buenaço, indiada força no braço e é crioula a cavalhada
Canto sem muito floreio esta terra pacholenta
Onde se mete o cavalo e qualquer que for o embalo
A todo o tirão se aguenta

Canto pra aqueles que entendem este linguajar campeiro
Que foi parido na pampa e carrega a chucra estampa no cantar deste fronteiro
Tiros de laço em rodeio, apartes paleteadas
Pechando o touro no meio
E lidando com a eguada

Fim de semana em bolicho se encontra bochincho grosso
Hay canha, jogo de truco, carreira cancha de osso
E quem nasceu nesta terra, se destaca entre os outros
Se criou numa mangueira
Lidando e domando potros

Disse Martim, meu patrício, encerrando sua história
Suspeitem que lhes dou pau saibam que esquecer o mau também é se ter memória
Vou terminando meus versos, pois me agrada bem assim
Relatei sobre a fronteira, querência de Dom Martim
E vou fechando a porteira
Que a chamarra chega ao fim

Curiosidades sobre la música Charla de Fronteira del Luiz Marenco

¿En qué álbumes fue lanzada la canción “Charla de Fronteira” por Luiz Marenco?
Luiz Marenco lanzó la canción en los álbumes “Filosofia de Andejo” en 1993 y “Meu Rastro 1” en 2012.

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