Sete

O brado que ecoou pelo verde vale
Foi fruto de uma adaga que cravaram em mim O sangue que escorreu pelo monte abaixo Com um golpe traiçoeiro Em nome de alguma religião

As almas que prenderam com as sete chaves As vidas que ceifaram bem antes de mim O peso dos grilhões atado aos calcanhares Sem cerimônias, fins imagináveis Simplesmente, apenas ser por ser

A história todo mundo sabe
As pragas que rogaram e o mal sem fim
Dessa escória tá pelo fio de um sabre
Um grande corte feito em mim

Pessoas tão doentes com as sete chagas
Consumindo os seus corpos até o fim
Um trago de veneno e todas as pragas
Sorvendo gota a gota
Asfixiando a respiração

Os homens condenados na fila da morte
Traz a lembrança triste de um triste fim As escolhas foram todas tiradas na sorte Sem cerimônias, fins imagináveis Simplesmente, apenas ser por ser

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