Romance do João guerreiro
Me alcança um beijo morena
Que a guerra há de esperar
O adeus aos sonhos que deixo
Com medo de não volta
Medo no rancho crioulo
Com Barro da primavera
No cinamomo copado
No teu silêncio tapera
Não fosse o quente do beijo morena
Não fossem os sonhos daqui
Não peleava pela pátria morena
Que nunca pensou em ti
No estribo a bota de potro
Na estrada um pranto genuíno
Na lança o fio do silêncio
Em Deus a luz do destino
Eu não prometo retorno morena
A lança pode falhar
Mas quero ver a semente morena
Que deixo em ti germinar
João guerreiro ergueu seu rancho e nunca pode morar