O Diabo e o Turco
Se foram o diabo e o turco
No velho tranco que miro
O diabo bem de a cavalo
E o pobre turco de tiro
A querência enforquilhada
Na mula lobuna estrela
Assim, cruzando a cancela
Tal sorte não pude tê-la
Seu Antônio, bolicheiro
Despacha um trago de vinho
Que, agora, no más, meus olhos
Vão lagrimear de caminho
No embalo da sexta-feira
Tão santa quanto bonita
Bateram o diabo e o turco
Na guapa vila Lolita
Semana e pico de estância
E a alma pede um socorro
A mula carrega o diabo
E o diabo traz o cachorro
Qual dos três o mais vaqueano?
Qual dos três o mais campeiro?
A mula conhece a estrada
O turco, seu companheiro
E o diabo, talvez por velho
Por gaúcho ou por fronteiro