Quatro Esteios Da Milonga
Campo e guitarra, alma e garganta
São quatro esteios da milonga que hoje canto
Ao pé do fogo que aquento água pro mate
Nesse arremate de quem tem alma de campo
Toco meu verso do potreiro da milonga
Que tá cercado do alambrado da guitarra
Ponho cucharra nas palavras dessa rima
Monta pra cima do lombo, ferra e se agarra
(Quem tem alma de milonga
Madruga cedo pra lida
E esporeia, se o verso renega as garras
Traz nas esporas sangue e pêlo de aporreado
Embodocado nos acordes da guitarra)
Estes esteios que sustentam a milonga
Vertem das veias, cordas vivas da guitarra
O campo é a alma e a guitarra é o coração
E a vida é um verso quando a milonga desgarra
Ao pé do fogo que aquento água pro mate
Nesse arremate de quem tem alma de campo
Campo e guitarra, alma e garganta
São quatro esteios da milonga que hoje canto
(Quem tem alma de milonga
Madruga cedo pra lida
E esporeia, se o verso renega as garras
Traz nas esporas sangue e pêlo de aporreado
Embodocado nos acordes da guitarra)