Horizontal

Quando o pé acerta o rumo,
A estrada se orienta,
Cada passo que se inventa,
Pisa o chão e toma prumo.
Cada fruta tem seu sumo,
Cada hora, o seu momento,
Cada folha tem seu vento,
Quando a areia se levanta,
A imensidão é tanta,
Que arrebenta o pensamento…

Longe, nuvens tão imensas,
Deslizando, carregadas,
Como ondas disparadas,
São tão leves e tão densas.
São embarcações intensas,
São cargueiros libertados,
São navios naufragados,
São veleiros, são escunas,
Navegando pelas dunas
Desses olhos marejados…

Já o mar tem duas rotas,
Quando é dia e tudo brilha,
A correnteza é uma trilha,
No traçado das ilhotas,
Voam mais que gaivotas,
No desejo, que é tão grande,
Não há cria que desande,
Tudo é vasto, tudo é certo,
Nesse carnaval deserto,
Onde a alma se expande…

Mas, se é noite, o mar serena,
E adormece pensativo,
Sem anseio e sem motivo,
Sua mansidão é plena,
Mesmo a estrela tão pequena
Deve ter alguém que aponte,
Mesmo que a manhã desponte
É tão doce a maresia,
Toda linha se desfia,
Menos essa do horizonte.

Curiosidades sobre la música Horizontal del Juliano Holanda

¿Cuándo fue lanzada la canción “Horizontal” por Juliano Holanda?
La canción Horizontal fue lanzada en 2013, en el álbum “A Arte de Ser Invisível”.

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