Estróina
Cigarro na mão
Chinela no pé
Mandaste-me embora e assim mesmo é que é
Onde quer que eu vá
Vou de corpo inteiro
E alguém me vai deixar dormir no sofá
Seja como for
Venha o que vier
Eu faço-me à pista e volto quando eu quiser
Desgostos de amor
São feridas que saram
E há sempre alguém disposto a dar-me calor
E já que a vida é pra ser vivida ao vivo e a cores
Brindemos aos prazeres
Sem falsos pudores
Pessoas de bem
Levam-me a jantar
Emprestam-me taco? Que eu nunca irei pagar
Não sou boa rés
Os deuses que o digam
E às vezes também levo os meus pontapés
De tudo o que vi
E do que aprendi
Já pouco sobeja valha-me o que senti
Seja lá quem for
O meu cangalheiro
Tenha atenção de me vestir a rigor
E já que a vida é pra ser vivida ao vivo e a cores
Brindemos aos prazeres
Sem falsos pudores
Cigarro na mão
Chinela no pé
Mandaste-me embora e assim mesmo é que é
Onde quer que eu vá
Vou de corpo inteiro
E alguém me vai deixar dormir no sofá
Alguém me vai deixar dormir no sofá