Campeirismo Sagrado
Com esse chapéu de aba larga, preso pelo barbicacho
Eu, às vezes, penso e acho que o campeirismo é sagrado
E que fui abençoado gauderiando sesmarias
Nem bem clareia o dia, a espora tá no garrão
De rédea e buçal na mão pra costear a rebeldia
De rédea e buçal na mão pra costear a rebeldia
Laço na mão de quem não sabe é caborteiro aragano
São coisas que não me engano, um índio com muita prosa
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano
Não quero ser diferente, nem melhor do que os outros
Mas conheço bem os potros com as armas que eu tenho
Faço parte do desenho das paisagens aqui de fora
Do entardecer da aurora deste Rio Grande glorioso
Crinudo que arrasta o toso, eu corto ele de espora
Crinudo que arrasta o toso, eu corto ele de espora
Laço na mão de quem não sabe é caborteiro aragano
São coisas que não me engano, um índio com muita prosa
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano
Laço na mão de quem não sabe é caborteiro aragano
São coisas que não me engano, um índio com muita prosa
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano
Paixão e china dengosa procuram pisar o paisano