Tipo bonito e rural
Nasci numa noite escura, o campo é meu universo
Já no meu primeiro choro, saí farquejando um verso
A primeira mamadeira, foi a guampa de "cuiada"
E a minha maternidade, é a sombra de uma ramada
A "véia" louca de campeira me pariu sobre os pelegos
E eu me fui meio de arrasto cantando nos arvoredos
Votlei lá de pura terra com os joelhos esfolados
Por isso que não me ajoelho nem pra pagar meus pecados
Meta cancha que eu me pranxo,que eu me boto e me boleio
Que eu vareio um sapateio, que eu tenho "cosca" nos "pé"
Meta cancha que eu me pranxo, me remancho e me floreio
E mando um pombo correio levar beijo pras "muié"
Porque eu sou louco de bagual,eu sou louco de bagual
E faço muito sucesso com as mulher da capital
Porque eu sou louco de bagual,eu sou louco de bagual
Diz que eu sou o último grito,tipo bonito e rural
Me criei abagualado, entreverado com os bichos
Meio serro pra crinudo, tapado de carrapicho
Ando galopeando potro, peleando com a destreza
Solteiro e desempedido, a mazia da bagualeza
Faço ronca a oito soco, em canto de "sarta as veia"
Pesso um bagual e solto, arrasto pelas orelhas
Tô vivendo em manotaço, hoje tô de cuia ao goncho
Vo arrasta umas "muié" pra lambe sal no meu cocho
REFRÃO