Mania de Malandro
Herivelto Martins
Tens um barracão que não é teu
E também não é meu, pois
Não pagamos aluguel!
E dizem que vão desmoronar o morro
Aonde nós vivemos, e aonde é que
Eu vou ficar?
Já te convencestes que está vida
Que não passas de um trouxa
A bancar a valentia!
No morro, és um desmoralizado
Pois, tua malandragem não é
Mais do que mania!
Eu, maldigo a hora em que te vi
E que não sei porque
Me apaixonei por ti!
Tu não tinhas nada que encantasse
E nem tão pouco quis me apaixonasse!
Hoje, estou arrependida e tu
Não se arrependes de me ter feito infeliz
Fica por aí, com o que é teu!
Pois, vou-me embora carregando
O que é meu!