Maria da Mouraria
Trazia o verde nos olhos
Era uma rua da aldeia
Maria corria ao vento
Dançava na lua cheia
Um coração que sofria
Batia sem desengano
Por uma alma vadia
Batia por um cigano
Ai Maria da Mouraria
Ai Maria da Mouraria
E do amor que floriu
E contra tudo cresceu
Nasceram rosas perfeitas
No dia em que amanheceu
Mas veio um dia sombrio
E a chuva forte bateu
Talvez por triste destino
O seu amante morreu
Maria chorou tão só
Pareceu que a vida acabou
Àquela aldeia esquecida
Maria nunca mais voltou
E pela sombra seguiu
Qualquer caminho que via
Chegou sem nada a Lisboa
Aos braços da Mouraria