Cidade Oculta
Douglas Carneiro
Cidade oculta em noite de outono
Na boca um acre sabor
Num corpo claro e perfeito
Abandonei o meu frio
Molhei os meus olhos
Há sangue no espinho da rosa.
Certezas insanas em olhos vadios
Doçuras amargas presentes
Queimando na alma da gente
Em bocas vazias, molhadas
Abandonei o meu frio
Molhei os meus olhos
Há sangue no espinho da rosa.
Na noite o néon, a cerveja e a razão
No espinho da rosa encontrei emoção
No espinho da rosa encontrei alegria
No espaço o dia
A cidade vazia me traz solidão.