Luar
Tomo um banho de lua
Fico branco como a neve
Se o luar é meu amigo
Censurar ninguém se atreve
Tomo um banho de lua e fico gelado igual neve
Fiz do poço uma saída, o combustível ainda serve
E como um feixe no poste banhando qualquer sujeito
E se eu sou escolhido? Acredito em causa, efeito
Sei que o relógio não para, sei que perdi muito tempo
Não quero ser água rasa, então continuo escrevendo
Tô parado, caminhando e ainda continuo correndo
Paro a observar olhando, sabedoria se encontra no silêncio
Criativo, emocional? Controlando, evoluindo
Espírito, salarial? Tô buscando algo incrível
Estimativo, social? Orando ao ""invisível""
Instintivo, marcial? Sarando e subindo
Sarando, subindo
Iludido? Insisivo
Retiro? Respiro
Delírio, desvio
Filho? Fundindo
Esquivo, esguicho
Recinto, revivo
Sabido, sorrio
A minha cabeça não para
Cuidado se parar na vala
Pedido, minha alma acalma
Perdido já estive a clara
Será? se tô vivendo ou me iludindo?
Sei lá, só sei que em ""313"" se encontra minha missão
Fala, transparecendo tudo aquilo que sinto
Me erguendo a cada tombo, joelhos ao chão
Eu não sei se chego ou se paro
Se vale aquilo que eu ralo
Muita dor precisando de amparo
Mas não me vejo sentado ou calado
Não me enxergo deixando de lado
Ambição que carrega meu fardo
Coração seguindo meu faro
Mantendo o que acham ""bizarro""
Tomo um banho de lua
Fico leve como a neve
Se o luar é meu amigo
Me atirar ninguém consegue
Tomo um banho na rua
Até no poço eu fui lebre
Sei que o Pai tá comigo
E percebi depois da febre