Cá no Fim do Mundo
Cá no fim do mundo tem surungo
Calço umas escoras na parede
Tira uma gelada lá do fundo
Que esta gauchada vem com sede
E o gaiteiro véio diz que é
De lenço encarnado e paletó
Toca acompanhado de colher
Um bugio largado de dar dó
Esconde as galinhas lá no mato
Que na outra vez já me faltou
Vamo guri lá sem desacato
Cuidado com o retrato do meu vô
Nesse roça perna de campanha
O tempo parece que parou
Ainda se dança a meia-canha
De chapéu na nuca e tirador