Pagode do Irajá

Chapinha / Naio Denay

Armaram um pagode no Morro do Bode, lá pras bandas do Irajá
Um mala sem alça dizia na praça, que cabeça chata não podia entrar
Pra lá de arretado, muito injuriado P da vida fiquei uma vara
Porque não tolero qualquer desaforo, subi o morro num pau-de-arara

Levei Severino, o rei do gatilho lá de João Pessoa
Levei Seu Menino, Tião Alagoas, um tal dedo mole virado no cão
Levei o temido, Antônio Demônio, ex-cangaceiro
Levei seu parceiro, o velho Raimundo
Dizendo ser primo segundo de Virgulino Lampião
Levei Joselino e Rufino e o Zé da Pexeira
Partimos pra briga da Segunda-feira
Na quinta eu parei pra rever Socorro, meu amor
Na sexta eu voltei para a briga e levei Donizete
Um cabra da peste com dois canivetes
Feriu vinte e sete e a briga acabou e aí!
Desfeita a confusão saquei o acordeom e me juntei
Ao pandeiro, ao cavaco, ao repique, ao tantã e violão

Aí o pagode virou forrogode pro Morro do Bode dançar
Foi a maior festa popular (e aí!)

Pintou Dominguinhos, pintou o Osvaldinho
Puxando no fole, botou pra quebrar diga lá!
Foi a maior festa popular
Chegou Alcione, Zeca do Trombone
E a Pérola Negra pra gente brincar, deixa comigo, deixa comigo!
Foi a maior festa popular
Chegou Arlindinho, Zeca Pagodinho
Sombrinha e Guineto pra gente versar diga lá!
Foi a maior festa popular

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