Quando Bate a Saudade
PEDRO CEZAR DE ALMEIDA NETO
Tô com saudade de um baile campeiro
A luz de candeeiro e uma diversão
De prendas bonitas, pintadas, faceiras
E o velho teixeira tocando violão
Tô com saudade do churrasco gordo
Comida campeira no fogo de chão
Um mate cevado ao calor da amizade
E a prosa da tarde no velho galpão
Quando me bate a saudade das coisas do meu rincão
Visto uma pilcha campeira e me vou lá pro galpão
Faço um mate topetudo junto do fogo de chão
E uma gaita bem faceira me conforta o coração
Tô com saudade das modas antigas
E as velhas cantigas de gaita e violão
Daquela festança lá no morro feio
E a vanera grossa embalando o salão
Tô com saudade daqueles gaiteiros
Que foram os primeiros que eu vi tocar
Albino manique e os irmãos bertussi
Puxando a cordeona era lindo de olhar