Diante da Cruz
Quantas vezes, à noite
Eu acendo e apago a luz
Quantas vezes eu me ajoelho
Diante da cruz
Quantas vezes, diante do espelho
Eu pergunto a mim mesma onde anda você
Acontece que a imagem é muda
E não vai responder
Quantas vezes eu perco a conta
Das doses que bebo
Tenho as marcas dos cigarros que fumo
Amarelo em meus dedos
Quantas vezes abro o guarda-roupa
Vejo seu casaco encostado no meu
O que deve encostar está longe
É seu corpo e o meu
Meu Deus, o que é que eu faço?
Não sei viver sem ele
Quando a saudade aumenta
O peito arrebenta, e eu longe dele
Meu Deus, o que é que eu faço?
Me arranca esse castigo
Procure aonde for mas traga esse amor
Para ficar comigo