Nos Bretes do Sono
Hoje tua imagem se retratou em meus pensares
Me veio aos olhos em forma de poesia
Parei pra um mate e no antiquário de minh’alma
Vasculhei sem muita calma, me desgarrei do que queria
A noite veio com mais sede de lembranças
E no descanso do corpo a alma seguiu em nostalgia
Um sonho, um naco de vida
Que habita os bretes do sono
Me trouxe doces devaneios
Nos quais, saudoso, me arrincono
Era tu que me rondava
Vestida de luz e esperança
Sorvendo mates de amor
Junto à fogueira da lembrança
Teu carinho, teu lume
Teu timbre doce de vida
São afagos que não tenho
Que me negaram guarida
Teu sorriso, teu olhar
E o aroma do teu ser
Apenas tenho nos sonhos
Sonhando contigo viver
A distância pôs caminhos
Entre o querer e o amar
Que em seu ofício criador
Deus traduziu no sonhar
São lampejos de uma vida
Onde te tenho em verdade
Pois nas auroras presentes
Apenas tenho em saudade