Sambas-Enredo (pout pourri)
Agora que eu quero ver você chorar
Você vai entristecer
Quando o Vai-Vai passar
Era de manhã
Narainã ali chegou
No reino encantado
Oh sinfonia a patativa se encantou
O negro samba
O negro joga a capoeira
Ele é o rei na verde e rosa da Mangueira
Explode coração
Na maior felicidade
É lindo o meu Salgueiro
Contagiando, sacudindo essa cidade
Okê-okê, Oxossi
Faz nossa gente sambar
Okê-okê, Natal
Portela é canto no ar
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz
Lá lá lá laiá
Lá lá lá laiá
Vejam essa maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista, num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil
Em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de irapuã
De Iracema e Tupã
Fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia do Candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza, arquitetura
Feitiço de garoa pela serra!
São Paulo engrandece a nossa terra!
Do leste, por todo o Centro-Oeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
No Rio dos sambas e batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldura em aquarela o meu Brasil