Jovem Poeta

Everest

Canto como quem não teme a vida
Ando no subúrbio, minha natureza é guia
Várias emoções nessa metrópole esquisita
E eu, jovem caçador de substâncias proibidas
Faço gol de placa e essa torcida ainda me vaia
Praga do poeta que se perde nos seus versos
Tanta ilusão dá pra mim, pro'cê ver
Me distrai, o prazer
É tão bom, mas não dá pra viver
Como se seus problemas evaporassem nos tragos
Decepções só servem pra te causar mais estragos
E agora me sinto o jovem poeta
Agora sim sou jovem poeta
Tô preso nessa melancolia
Me lembrei de você, amor, eu mal dormia
Quantas paranoias criei nessas madrugadas
Eu que era tão frio, olha como a vida é engraçada

As coisas podem esperar
Tudo que dói na vida mano, pode inspirar
Arte pra não enlouquecer, quando tudo dá errado
Na brincadeira de poetizar teu machucado

E as frases dizem o que significam
É histeria, ressignifique
Papel, caneta, voz e coração
Tudo em sintonia com a visão
Faz nascer um, novo olhar pra um novo horizonte
Alcanço a luz do fim, que a escuridão esconde
E meus dias tão serenos exalando a paz de Buda
Mesmo na tempestade irmão, que loucura

As coisas podem esperar
Tudo que dói na vida mano, pode inspirar
Arte pra não enlouquecer, quando tudo dá errado
Na brincadeira de poetizar teu machucado

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