À Você, Amigo
Paulo Leminski
À você amigo que eu perdi na passagem de Elvis para os Beatles
Alguém comigo e como eu andou
Eu era a lira que só o vento me sabia manejar
Eu era e hoje a calmaria
Não me toca e toca a silenciar a imaginar a imaginar
Você é daqueles que ainda lembram de uma guerra na Coréia
Dos que pensam ter ideia do que vale a vida pra morrer
Choveu mas você é feito de uma substância que não deixa passar umidade
Calor, calafrio, calaboca
Ou eu te meto o braço que resta do abraço amigo