Rodeio da Vida
Não creio que algum cavalo aprenda a força e a laço
Más jeito do que tirão vai amansá-lo
Buçal, maneador, maneia, cordas de baixo
Depois rendilha e bocal até enfrená-lo
Mas tenha tino e razão
Pois no fundo é o coração que pode amansar um cavalo
Domando potros alheios gastei a vida
Nos meus arreios clareava o dia
Ficaram tantas saudades da rebeldia
De um potro abanando as clinas na ventania
Se tenho as pernas cambotas destes cavalos
Caminho igual marinheiro fora do barco
E sinto muita alegria de haver domado
Fazendo fama nos fletes por todo o pago
Pouco me importa la suerte se o tempo é feio
Se é vida ou morte, na sorte monto sem freio
Até minha sombra se assusta e hoje não veio
Pra mim cavalo é cavalo quando chego num rodeio
Entonce larga pra mim!
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
Os cavalos do Rio Grande vão saber porque é que eu vim
Entonce, larga pra mim!
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
Os cavalos do Rio Grande vão saber porque é que eu vim
De Deus vem meu destino e o dom do braço
De andar afagando potros para domá-los
Montado sou um centauro: Homem-cavalo
Se eu ando a pé – te juro – falta um pedaço!
Não refuguei caborteiros para meus bastos
Por mim, que ande ligeiro se é desconfiado
Pior são esses bulidos mal-começados
Com ódio e medo nos olhos, por aporreados
Pouco me importa la suerte! Se o tempo é feio
Se é vida ou morte na sorte, monto sem freio
Até minha sombra se assusta – e hoje não veio!
Qualquer cavalo é cavalo quando chego num rodeio
Entonces, larga pra mim!
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
Os cavalos do Rio Grande vão saber porque é que eu vim
Entonces larga pra mim!
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
(Larga!) Larga pra mim
Que um taura da minha marca
Quer ir montado até o fim