Dupratiana
[Verso 1: Caio]
Pelas ruas de concreto, pelas casas sem afeto
Nos lugares eu afeto, permaneço mais discreto
Despercebido aos seus olhos, não aos ouvidos
Dando melhor vazão aos meus ruídos
Meço a imerção na linha tênue dos versos
Nos mesmos eu despejo sentimentos adversos
Não que não seja relevante ser direto
Me é suficiente ter os que amo por perto
[Veros 2: Pitzan]
De certo, só tenho isso e é o que basta pro começo
Pra se versar o logos e medir o resto pelo avesso
As palavras [?] traduzem [?]
É o reflexo da vida de alguns poucos que conheço
Mais um dia nasceu, mas não é só mais um dia
[?] percebeu [?] raiz da poesia
Olhos atentos pra se manter forte
Porque o menos tem é tempo pra temer a morte
[Verso 3: Caio]
Vogais e consoantes alertando o espasmo
Maior clareza sem necessitar o pleonasmo
Um gole d'água pro trabalhor honesto
Minha sede é uma demanda musical em manifesto
Escala incontável permaneço com a quais
Que a alma necessita e que a música me trás
No trampo terapia como Fábio mencionou
Já que é rara a rima nossa que no tempo estacionou
[Verso 4: Pitzan]
Notou a diferença? Nossa busca é intensa
Pela evolução das formas de se extrair da essência
Somente o que importa, que me abre as portas na mente
As linhas tortas só refletem o que vejo a minha frente
Sou [?], pois só um discurso eloquente não basta
Sou integro no rap, na vida pra honrar minha casta
Família, seja de sangue ou não
O elo faz trilha sem pretensão, nem refrão
Papel e caneta em mãos, o beat nas caixa
Se a cabeça tá no lugar todo o resto se encaixa
Matemática precisa encharcada de sonho
Que a alma exteriorize em matéria pro que componho
[Verso 5: Caio]
Fácil entendimento, me transpor de raciocínio
Irmandade, independente do tipo sanguíneo
Mentes que se alinham quase paralelamente
Frases que saltem das folhas pra sua mente
[Saída - Scratch: Dj PG]
Poetar o logos e medir o resto pelo avesso