Chão Sagrado
Sentindo a vida da grande cidade
Matar sem piedade a minha ilusão
Deixei o caminho da vida agitada
Seguindo a estrada da recordação
Fui recordando a infância passada
A terra adorada que um dia eu deixei
Resolvi voltar pra viver de novo
No meio do povo aonde eu me criei
Do negro asfalto vim distanciando
Para trás deixando fumaça e ruido
E vendo na frente lavoura e mata
Passando cascata e campo florido
O rei dos astros descendo a serra
Deixando na terra um gostoso calor
E na passarela do céu veio a Lua
Desfilando nua com seu resplendor
Pisei na terra aonde eu fui nascido
Sentido despido da melancolia
Vi o meu povo feliz me abraçando
Comigo chorando de tanta alegria
Encontrei aquela que tanto amava
Ainda estava esperando por mim
Juramos trilhar o mesmo caminho
Trocando carinho até o nosso fim
Agora eu vivo sem luxo e vaidade
E da humanidade eu sinto calor
A cidade grande tem beleza rara
Mas não se compara com o interior
A vida me deu o que eu tanto quis
Sou muito feliz por viver aqui
Quando morrer quero ser sepultado
Neste chão sagrado aonde eu nasci