O Mercador de Serpentes
Egberto Gismonti
Há sedas clareando o amor
Rosas, seios, num luar, rebuscando o sem-fim
Há vinhos embaçando o amor
Flautas, tendas, no além, semeando o ar
E as dunas crescem no vento ao Sol
Serpentes bailam no anoitecer
Na caravana carece a dor
Clarão de amor
Ah! Tragam hoje as maçãs
Venham com os corpos nus, pro oásis do amor
Ah! Tragam pensamentos nus
Toda luz pra clarejar
Hoje é o dia da criação