Araguaia
Ednardo
Quando eu me banho no meu Araguaia
E bebo da sua água sangre fria
Bichos caçados na noite e no dia
Bebem e se banham eles são comigo
Triste guerrilha, companheiro morto
Suor e sangue, brilho do corpo
Medo só
Mas se o corpo desse pó é pó
Um círio da luz dessa dor
Violento amor há de voar