Velho Livro

Gustavo Verde Milfont

Você não sabe quanto tempo eu andei perdido
e tentando me encontrar.
Nem que vaguei pelas esquinas todo errante enquanto em mim
você não há.


Ainda que o amor fosse uma velha canção nos teus ouvidos,
eu hei de esperar o dia em que você virá
de braços abertos no horizonte a caminhar.


Pobre de quem acha que é capaz de enganar a dor,
de quem acha que o amor é como um velho disco arranhado, sempre
sempre a repetir a mesma dor.


Acho melhor deixar dessa história de ficar julgando a todo instante,
pois vai chegar o dia em que há de ser da lei
e todo aquele que tentar será feliz.


Ainda que o amor fosse uma velha canção nos teus ouvidos,
eu hei de esperar o dia em que você virá
de braços abertos no horizonte a caminhar.


Pobre de quem acha que é capaz de suportar a dor,
de quem acha que o amor é como um velho livro empoeirado na estante e niguém sabe onde o deixou.

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