Damião

Everaldo Ferreira da Silva, Douglas Germano

Dá neles, Damião!
Dá sem dó nem piedade
E agradece a bondade e o cuidado
De quem te matou

Dá neles, Damião!
E devolve o hematoma
Bate mesmo, até o coma
Que essa raiva, passa nunca, não

Sangue e suor pelo vão
Sentir mais a dor, vingar
Ver respingar o pavor
Quem bateu, levar

Dá neles, Damião!
Mesmo que peçam clemência
Faz que é tua essa demência
Faz pesar a consciência do plantão

Dá neles, Damião!
Mira no meio da cara
Dá com pé, com pau, com vara
Bate, até virar a cara da nação
Dá neles, Damião!
Bate até cansar e quando cansar
Me chama

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