Violeiro
Dori Caymmi / Paulo César Pinheiro
Creio na viola pra quem é sozinho
Um som que consola quem não tem carinho
Feito na gaiola canta o passarinho
Quem não cantarola chora no caminho
Crio a minha teia pra morena ingrata
Corto a lua cheia com um facão de prata
Faço uma candeia e clareio a mata
Depois que clareia faço serenata
Crio uma esperança pra quem tem desgraça
Trago a lua mansa pra dançar na praça
Depois dessa dança ergo a minha taça
Dando confiança no dia de graça
Crio a frase clara de onde nada havia
Feito joia rara de uma pedra fria
Vivo cara a cara com essa fantasia
Porque a vida pára para quem não cria