Estrada Inquieta
Eu venho de uma estrada inquieta
Onde o céu já escureceu
Atento ao tempo que acarreta
Cedo ou tarde, a luz no breu
Em passos tortos e truncados
Maltrapilhos meus irmãos
De pés descalços de cuidado
Ávidos da contramão
Peguemos firme, meu amigo
Mas tolerantes com o porvir
Que a cada erro meu contigo
Vou sabendo aonde ir
Sinta um vento que nos leva
Vezes pra luz, vezes pra trevas
Nunca pra se arrepender
Nunca pra se arrepender
Eu trago em mim a confiança
Flor da minha intuição
A doce voz dessa criança
Que me sopra a direção
Em passos tortos e truncados
Nas linhas tortas do bom Deus
Já não enxergo mais culpados
Pelo céu que escureceu