Dona Almira

Daniel França de Souza

Não esqueço do início
Do princípio ao sacrifício
Da sua luta, de tudo que fez
Me lembro das suas lágrimas
Da dor em sua alma


Não deixar faltar o pão francês
Acordava na madruga
Antes mesmo da coruja
Caminhava pra pegar o busão


Eram milhas de estrada
Não dava pra ir sentada
Mesmo assim a única opção
Uma guerreira e sua sina
Mãe de meninos e minas


Na quebrada do Amanhecer
Nosso barraco era sem porta
Mas sua força, fé e glória
O nosso teto começou a crescer
Vários netos e bisnetos


Seu legado é tão fértil
Mãe da Sandra e várias gerações
Defendemos o seu nome
Como é forte o sobrenome
Temos em F em nossos corações


Ei Dona Almira Cê é foda!
Pra muita gente exemplo de mulher
Agradeço a sua prece todo dia
É o orgulho da minha vida
Mãe sua bênção eu sei que vou na fé!

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