Álcool (Bolero Filosófico)

Isaar

A noite mira a cidade lépida
Glorificada em edifícios sólidos
E me confronto com a crença humana
Alimentada por desejos sórdidos

Resta portanto a ilusão romântica
Vestindo o corpo de mulheres languidas
E a redenção pela metamorfose
Do iconoclasta para o tipo nobre

Quem sabe um dia eu me acabo em tédio
Mesmo vivendo neste alegre trópico

No carnaval só restará o álcool
Para afogar tal pensamento mórbido

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