Roque da Casa
Tou como novo de volta à corrida
Embalado pelo declínio da ilusão
No meio da nova geração perdida
Apeado, à espera de transporte
De um mundo que acabou
Pró futuro qu'inda não chegou
Mais um ano tenso
Com a alma no silêncio
Mais um dia na era
Da tragédia de neón
Mais um labirinto
E não há emojis pró que sinto
Tenho o mundo todo
Ao dispor numa vidraça
Só não tenho sítio a que chame casa
Vou prego a fundo rumo ao precipício
Venha o degelo, venha a guerra mundial
Matei o tédio, já larguei o vício
Trago a cura pró viés de recência
Posso anunciar
Onde é qu’isto tudo vai parar
Mais um ano tenso
Com a alma no silêncio
Mais um dia na era
Da tragédia de neon
Mais um labirinto
E não há emojis pró que sinto
Tenho o mundo todo
Ao dispor numa vidraça
Só não tenho sítio a que chame casa